sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pensamento do dia...

"O reino de Deus, como advertiu Jesus, não é feito de adultos cínicos e dissimulados, que só cresceram no tamanho e na sem-vergonhice, mas de crianças simplíces, honestas, verdadeiras, que possuem uma fé que ultrapassa meros feitos e sacrifícios, e que estendem braços livres, porém cônscios de sua dependência, em direção a Deus."

[trecho do post Religião, justiça e humildade, de Jonathan Menezes, no blog Escrever é Transgredir!]

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Filhotes da multidão

[Jonathan Menezes, do blog Escrever é Transgredir]

O filósofo existencialista Soren Kierkegaard, expressando sua inconformidade com o sistema, escreveu: “A multidão é mentirosa [...] mesmo se cada indivíduo, em sua privacidade, estivesse em poder da verdade, quando este se juntasse à multidão [...] a mentira surgiria”. Uma afirmação como essa pode parecer, num primeiro momento, paradoxal. Afinal, em uma cultura como a nossa, “de massa”, onde os valores (existenciais, institucionais, individuais ou coletivos) são mensurados quantitativamente, em que os números ditam as regras por terem um forte poder simulador de credibilidade, em que palavra crescimento (ou expansão) exerce um fascínio avassalador sobre as pessoas, apesar de quase nunca co-existir com a integridade, enfim; dizer algo desse tipo é ferir uma espécie de quase-unanimidade.


Nelson Rodrigues disse certa feita que se todos concordarem com você nisto ou naquilo, pode saber que alguma coisa está errada. Seria por demais arriscado “con-formar-se” com sua famosa máxima de que “toda unanimidade é burra”? Por outro lado, quem se arriscaria em defender, por exemplo, que todos os políticos eleitos pelo voto popular (seja unanimemente, seja maioritariamente), sempre exercem seus mandatos com decoro e ética ao invés de corrupção? Ou então, quem poderia sinceramente dizer que todo produto o qual adquire a insígnia de “best-seller” (mais vendido), também é sinônimo de qualidade?


Conta-se em um mito popular, que certa vez foi dito aos romanos que se não fosse possível construir uma bela casa, que se construísse uma casa bem grande. Para Eugene Peterson, tal lógica ainda faz sentido em nosso dias, isto é: “se não posso fazer bem, então devo fazer grande”. Mas diante de um crescimento espantoso alguém poderia talvez justificar: “alcançamos a quantidade com qualidade”. Ora, mas qual seria o idiota que se prestaria em afirmar o contrário?Portanto, nós, seres do hoje-em-dia, somos filhotes da multidão, isto é, indivíduos forjados e protegidos pela multidão, sujeitos às “frivolidades” e “desumanidades” propagadas pela multidão. E aqueles que, porventura, ousam se negar a compactuar com os gostos e hábitos da multidão são como “estranhos no ninho”, “patinhos feios” destoando da “grandeza” do que é comum. Nas multidões de nossa cultura ocidental, dita pós-moderna, encontramos cada vez mais cifras, números, códigos, edificações, etc., e cada vez menos pessoas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sexo ao acaso não traz prazer

[from: José San Martín, no blog http://www.caosperanca.blogspot.com/]


“Encontros ao acaso” é um bom filme. Obviamente, fala de relações sexuais ao acaso. Até que não contém tantas cenas de sexo implícito, como parece indicar. Há a exposição do corpo da atriz-protagonista Ashley Judd que o filme todo parece meio “derrubada”. Talvez pela idade ou porque dá-se tanto ao acaso. É um drama honesto sobre uma sociedade decadente, em busca de satisfação, felicidade, que vão fazendo a fila andar no troca-troca interminável de parceiros. A busca não tem fim.
O filme traz lances interessantes, como cenas de um culto evangélico, citações da Bíblia. A atriz muito dada procurando a sua Bíblia para ir à igreja com o pai. E, apesar de Hollywood ser acusada de manipular a platéia com seu doutrinamento subliminar, achei que o filme focou bem a falta de sentido na vida dos solteirões liberais em suas cópulas ao acaso. É mais um exemplo de um bom roteiro sobre histórias reais de pessoas comuns. Sem efeitos especiais, sem palavrões e pornochanchada.
Num tempo em que a modernidade tem o emblema do ateísmo, “Encontros ao acaso” é um bom exemplo do que o estilo de vida indiferente aos preceitos divinos oferece. Não dá para ser feliz emprestando o corpo para os outros se servirem dele. Nunca foi saudável servir-se do corpo dos outros sem compromisso. Sexo-livre não é algo sem conseqüências sérias. “Encontros ao acaso” tem esse mérito. Pobres dos que acreditam em novelas e filmes em que se mostra o contrário.
O ateísmo enrolado no evolucionismo defende que tudo desde as origens se deu ao acaso. Se isso fosse verdade a mensagem de “Encontros ao acaso”, e outros filmes análogos, seria falsa. Sim, porque homens e mulheres não precisariam fazer um drama e levar a sério seus encontros ao acaso. Mulheres não precisariam ser tão emocionais e complicadas, tanto quanto os homens, “caçadores”, frios, lógicos, mas igualmente fracotes emocionais, dependentes de elogios para se auto-afirmarem.
Mas a Verdade é que homem e mulher se completam na vida a dois no casamento, fidelidade, renúncia mútua e assim por diante. Esse é um princípio gerador de felicidade. As conseqüências da quebra dessa regra é exatamente o retrato da sociedade atual. Gente desajustada, perdida, às voltas com a idéia de suicídio. Homens e mulheres a confundir prazer com amor. Engano de que se pode ter e traçar todo(as) e a realidade da solidão, incompletude, vazio...
A verdade é que o ser humano é mais que “carne da minha carne e osso dos meus ossos”. Há o componente espiritual com que Deus dotou cada um de nós desde a criação do primeiro homem e da primeira mulher. Há as regras morais que inviabilizam a felicidade pelo caminho da prostituição, da orgia, do homossexualismo, do amor-livre ou seja qual for o nome bonito que queiram dar à depravação sexual globalizada. Essa é a má notícia aos comunistas-materialistas. Um ser especial criado por obra das mãos de Deus, e não fruto do acaso complica toda a explicação marxfreudiana.
A Bíblia, o Manual para a vida feliz, não pode ser anulada por delírios de idiotas-instruídos, como R. Dawkins e C. Hitchens, os mais conhecidos propagadores do neodarwinismo. Não dá para ser feliz de verdade sem a obediência às regras desse manual divino. Em meio à guerra de cosmovisões, a cosmovisão cristã sempre superará as demais. Porque seus resultados na vida prática são garantidos. Compare a vida de promíscuos e fiéis freqüentadores de uma igreja, casados e solteiros em busca de “Encontros ao acaso” e tire suas conclusões.
A felicidade sonhada pelo ser humano não é um mistério. O abandono do ego e a submissão a Deus é o início do caminho. Arrependimento e confissão de pecados, reconhecimento da incapacidade de ser salvo pelos seus próprios esforços. A aceitação e reconhecimento do amor de Deus, que enviou seu Filho Jesus Cristo para nos salvar. Mudança de rumo ao abismo para o céu onde habita a justiça, paz e alegria eternamente.