quinta-feira, 20 de março de 2008

Pensamento do dia (Santo Agostinho)

"Ainda que tenhamos capacidade e diligência para estudar durante a vida inteira, desde a infância à velhice, somente as Sagradas Escrituras, elas possuem tanta consistência e abundância de verdades, que todos os dias poderemos aprender algo que não sabíamos."


Aurélio Agostinho (354 - 430), Bispo de Hipona.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Stained Glass Masquerade


Para reflexão no feriado...

Essa é a letra da música "Stained Glass Masquerade", da Banda Casting Crowns, que infelizmente retrata bem uma parte da igreja atualmente.






"Stained Glass Masquerade"


Is there anyone that fails
Is there anyone that falls
Am I the only one in church today feelin' so small
Cause when I take a look around
Everybody seems so strong
I know they'll soon discover
That I don't belong
So I tuck it all away, like everything's okay
If I make them all believe it, maybe I'll believe it too
So with a painted grin, I play the part again
So everyone will see me the way that I see them
Are we happy plastic people
Under shiny plastic steeples
With walls around our weakness
And smiles to hide our pain
But if the invitation's open
To every heart that has been broken
Maybe then we close the curtain
On our stained glass masquerade
Is there anyone who's been there
Are there any hands to raise
Am I the only one who's traded
In the altar for a stage
The performance is convincing
And we know every line by heart
Only when no one is watching
Can we really fall apart
But would it set me free
If I dared to let you see
The truth behind the person
That you imagine me to be
Would your arms be open
Or would you walk away
Would the love of Jesus
Be enough to make you stay

domingo, 16 de março de 2008

Cristãos discípulos e discípulos cristãos

[Ed René Kivitz]


A palavra discípulo ocorre 269 vezes no Novo Testamento. A palavra cristão ocorre apenas uma. Fica absolutamente claro que os seguidores de Jesus eram identificados como discípulos. Isto é, discípulo era o substantivo. A palavra cristão, que significa "pequeno Cristo" era um adjetivo do discípulo. Podemos deduzir que todo cristão é discípulo, mas nem todo discípulo é cristão. Para melhor compreender isso é necessário saber o que significa ser um discípulo.


Jesus cresceu na Galiléia, uma região caracterizada pela prática do judaísmo ortodoxo, que se dedicava a estudar, viver e ensinar a Torah. Por volta dos seis anos os meninos ingressavam na Bet Sefer - Casa do Livro, começavam a aprender a Torah, e aos quatorze já deveriam ter decorado todo o Velho Testamento. Somente os melhores entre os melhores continuavam a estudar a Torah após os quinze anos, enquanto os demais eram iniciados nos negócios da família ou eram encaminhados a outras atividades profissionais.


Os que eram conduzidos à Bet Midrash - Casa de Estudo, eram chamados talmidim e ficavam sob os cuidados de um rabino. Aquele era um vestibular rigoroso. Os rabinos avaliavam criteriosamente cada candidato em busca da resposta a uma pergunta nada simples: será que um dia esse menino será igual a mim? Um talmidim deixava para trás seu pai e sua mãe, os negócios da família, sua sinagoga e seus amigos para se entregar de corpo e alma a seguir seu rabbi. O objetivo final não era apenas aprender o que o rabino sabia ou dominar o que o rabino sabia fazer. O objetivo de um talmidim era se tornar igual ao seu rabbi.


Jesus também tinha seus talmidim - discípulos, seguidores. Foram chamados dentre os meninos reprovados no vestibular. Cuidavam dos negócios da família, como Pedro, André, Tiago e João, que eram pescadores, ou se dedicavam a outras atividades, como Mateus, que era cobrador de impostos.


Atos 11.26 diz que foi em Antioquia que os talmidim de Jesus foram, pela primeira vez, chamados cristãos. Foram necessários mais de dez anos para que os primeiros discípulos de Jesus fossem confundidos com ele e recebessem o nome dele como apelido. O objetivo estava sendo alcançado: os talmidim de Jesus estavam se tornando parecidos com ele.Para que alguém se torne parecido com Cristo deve ser primeiro um seguidor de Jesus: antes de ser um cristão, você tem que ser um discípulo, pois se é verdade que nem todo discípulo é cristão, também é verdade que todo cristão é discípulo.


Pelo menos deveria ser assim. Mas hoje as coisas são diferentes. O substantivo virou adjetivo e vice-versa: há cristãos que não são discípulos, isto é, há muita gente que se diz cristã, mas não está disposta a seguir os passos de Jesus, gente que acredita ser possível se tornar semelhante a Jesus sem se deixar cobrir pela poeira dos seus pés. Isso quando existe consciência de que ser cristão é seguir a Jesus com o objetivo de, um dia, ser como Cristo, um pequeno Cristo, um cristão. Jesus Cristo não é apenas o caminho, é também o destino: o destino Cristo ao final do caminho Jesus.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pensamento do dia...

"O reino de Deus, como advertiu Jesus, não é feito de adultos cínicos e dissimulados, que só cresceram no tamanho e na sem-vergonhice, mas de crianças simplíces, honestas, verdadeiras, que possuem uma fé que ultrapassa meros feitos e sacrifícios, e que estendem braços livres, porém cônscios de sua dependência, em direção a Deus."

[trecho do post Religião, justiça e humildade, de Jonathan Menezes, no blog Escrever é Transgredir!]

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Filhotes da multidão

[Jonathan Menezes, do blog Escrever é Transgredir]

O filósofo existencialista Soren Kierkegaard, expressando sua inconformidade com o sistema, escreveu: “A multidão é mentirosa [...] mesmo se cada indivíduo, em sua privacidade, estivesse em poder da verdade, quando este se juntasse à multidão [...] a mentira surgiria”. Uma afirmação como essa pode parecer, num primeiro momento, paradoxal. Afinal, em uma cultura como a nossa, “de massa”, onde os valores (existenciais, institucionais, individuais ou coletivos) são mensurados quantitativamente, em que os números ditam as regras por terem um forte poder simulador de credibilidade, em que palavra crescimento (ou expansão) exerce um fascínio avassalador sobre as pessoas, apesar de quase nunca co-existir com a integridade, enfim; dizer algo desse tipo é ferir uma espécie de quase-unanimidade.


Nelson Rodrigues disse certa feita que se todos concordarem com você nisto ou naquilo, pode saber que alguma coisa está errada. Seria por demais arriscado “con-formar-se” com sua famosa máxima de que “toda unanimidade é burra”? Por outro lado, quem se arriscaria em defender, por exemplo, que todos os políticos eleitos pelo voto popular (seja unanimemente, seja maioritariamente), sempre exercem seus mandatos com decoro e ética ao invés de corrupção? Ou então, quem poderia sinceramente dizer que todo produto o qual adquire a insígnia de “best-seller” (mais vendido), também é sinônimo de qualidade?


Conta-se em um mito popular, que certa vez foi dito aos romanos que se não fosse possível construir uma bela casa, que se construísse uma casa bem grande. Para Eugene Peterson, tal lógica ainda faz sentido em nosso dias, isto é: “se não posso fazer bem, então devo fazer grande”. Mas diante de um crescimento espantoso alguém poderia talvez justificar: “alcançamos a quantidade com qualidade”. Ora, mas qual seria o idiota que se prestaria em afirmar o contrário?Portanto, nós, seres do hoje-em-dia, somos filhotes da multidão, isto é, indivíduos forjados e protegidos pela multidão, sujeitos às “frivolidades” e “desumanidades” propagadas pela multidão. E aqueles que, porventura, ousam se negar a compactuar com os gostos e hábitos da multidão são como “estranhos no ninho”, “patinhos feios” destoando da “grandeza” do que é comum. Nas multidões de nossa cultura ocidental, dita pós-moderna, encontramos cada vez mais cifras, números, códigos, edificações, etc., e cada vez menos pessoas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sexo ao acaso não traz prazer

[from: José San Martín, no blog http://www.caosperanca.blogspot.com/]


“Encontros ao acaso” é um bom filme. Obviamente, fala de relações sexuais ao acaso. Até que não contém tantas cenas de sexo implícito, como parece indicar. Há a exposição do corpo da atriz-protagonista Ashley Judd que o filme todo parece meio “derrubada”. Talvez pela idade ou porque dá-se tanto ao acaso. É um drama honesto sobre uma sociedade decadente, em busca de satisfação, felicidade, que vão fazendo a fila andar no troca-troca interminável de parceiros. A busca não tem fim.
O filme traz lances interessantes, como cenas de um culto evangélico, citações da Bíblia. A atriz muito dada procurando a sua Bíblia para ir à igreja com o pai. E, apesar de Hollywood ser acusada de manipular a platéia com seu doutrinamento subliminar, achei que o filme focou bem a falta de sentido na vida dos solteirões liberais em suas cópulas ao acaso. É mais um exemplo de um bom roteiro sobre histórias reais de pessoas comuns. Sem efeitos especiais, sem palavrões e pornochanchada.
Num tempo em que a modernidade tem o emblema do ateísmo, “Encontros ao acaso” é um bom exemplo do que o estilo de vida indiferente aos preceitos divinos oferece. Não dá para ser feliz emprestando o corpo para os outros se servirem dele. Nunca foi saudável servir-se do corpo dos outros sem compromisso. Sexo-livre não é algo sem conseqüências sérias. “Encontros ao acaso” tem esse mérito. Pobres dos que acreditam em novelas e filmes em que se mostra o contrário.
O ateísmo enrolado no evolucionismo defende que tudo desde as origens se deu ao acaso. Se isso fosse verdade a mensagem de “Encontros ao acaso”, e outros filmes análogos, seria falsa. Sim, porque homens e mulheres não precisariam fazer um drama e levar a sério seus encontros ao acaso. Mulheres não precisariam ser tão emocionais e complicadas, tanto quanto os homens, “caçadores”, frios, lógicos, mas igualmente fracotes emocionais, dependentes de elogios para se auto-afirmarem.
Mas a Verdade é que homem e mulher se completam na vida a dois no casamento, fidelidade, renúncia mútua e assim por diante. Esse é um princípio gerador de felicidade. As conseqüências da quebra dessa regra é exatamente o retrato da sociedade atual. Gente desajustada, perdida, às voltas com a idéia de suicídio. Homens e mulheres a confundir prazer com amor. Engano de que se pode ter e traçar todo(as) e a realidade da solidão, incompletude, vazio...
A verdade é que o ser humano é mais que “carne da minha carne e osso dos meus ossos”. Há o componente espiritual com que Deus dotou cada um de nós desde a criação do primeiro homem e da primeira mulher. Há as regras morais que inviabilizam a felicidade pelo caminho da prostituição, da orgia, do homossexualismo, do amor-livre ou seja qual for o nome bonito que queiram dar à depravação sexual globalizada. Essa é a má notícia aos comunistas-materialistas. Um ser especial criado por obra das mãos de Deus, e não fruto do acaso complica toda a explicação marxfreudiana.
A Bíblia, o Manual para a vida feliz, não pode ser anulada por delírios de idiotas-instruídos, como R. Dawkins e C. Hitchens, os mais conhecidos propagadores do neodarwinismo. Não dá para ser feliz de verdade sem a obediência às regras desse manual divino. Em meio à guerra de cosmovisões, a cosmovisão cristã sempre superará as demais. Porque seus resultados na vida prática são garantidos. Compare a vida de promíscuos e fiéis freqüentadores de uma igreja, casados e solteiros em busca de “Encontros ao acaso” e tire suas conclusões.
A felicidade sonhada pelo ser humano não é um mistério. O abandono do ego e a submissão a Deus é o início do caminho. Arrependimento e confissão de pecados, reconhecimento da incapacidade de ser salvo pelos seus próprios esforços. A aceitação e reconhecimento do amor de Deus, que enviou seu Filho Jesus Cristo para nos salvar. Mudança de rumo ao abismo para o céu onde habita a justiça, paz e alegria eternamente.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

"Só Presto Contas a Deus"

[from O Tempora, O Mores!]

Esse é o pensamento do evangélico típico de nossos dias.

Quando fui perguntado recentemente por alguém sobre a maior necessidade da igreja evangélica no Brasil não tive dúvidas em responder que é o exercício da disciplina bíblica. Sei que existem igrejas que disciplinam seus membros e líderes e até cometem abusos nisso. Mas creio que já se tornaram a minoria. Na minha avaliação, a grande maioria das igrejas de todas as denominações não exerce a disciplina eclesiástica sobre seus membros e líderes, ou quando o fazem, o fazem de forma equivocada, arbitrária e sem levar em consideração os ensinamentos das Escrituras sobre o assunto.

Para mim esse assunto é relevante, pois a disciplina da Igreja tem como alvo manter a sua pureza e restaurar os faltosos, e se constitui numa das marcas da verdadeira Igreja de Cristo. Onde os pecados passam impunes, os faltosos não são repreendidos, corrigidos e restaurados, onde os líderes cometem pecados públicos claros e não dão conta a ninguém de seus atos, poderá estar ali a verdadeira Igreja do Senhor, pela qual ele derramou seu sangue precioso, em busca de um povo puro e santo?

Para mim, tudo começa pela absoluta falta de dar conta de seus atos que caracteriza líderes e membros das igrejas. Ninguém se sente devedor a ninguém, senão a Deus – esquecendo que foi o próprio quem Deus instituiu a disciplina eclesiástica como instrumento do seu desejo de manter a Igreja pura e restaurar os caídos. Isso é claro especialmente no caso de líderes que construíram seu império eclesiástico e que não se encontram debaixo de qualquer pessoa ou grupo que poderiam corrigi-los e discipliná-los em caso de falta. Pecam impunemente em nome do perdão e da tolerância divinos.

As próprias igrejas não exercem a vigilância, o zelo e o cuidado que deveriam para com seus membros faltosos. Preferem ocultar os pecados cometidos ou exercer algum tipo de restrição que mal pode ser reconhecida como disciplina. E os membros – não se sentem obrigados a prestar contas de seus atos às igrejas que freqüentam e portanto, em caso de serem argüidos de seus pecados e erros, não se sujeitam e não acatam qualquer medida corretiva e simplesmente mudam-se para outra igreja.

Na minha opinião, é um estado caótico de coisas, que compromete a imagem dos evangélicos diante do povo, que toma conhecimento do comportamento irregular de líderes e crentes pela mídia. Juntamente com a crise de identidade e doutrinária, a falta de disciplina contribui para o agravamento da situação de UTI em que a igreja evangélica brasileira se encontra.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Sobre o Livro da Vida


É muito curioso observar que certos chavões se incluem ao vocabulário "evangeliquês" e a maioria dos cristãos não se questiona sobre a origem ou o significado dessas expressões.
Um caso interessantíssimo é o pedido para que Deus “escreva o nome no Livro da Vida” quando se ora por alguém no momento da conversão.

Esse termo foi tomado emprestado dos capítulos 13, 17, 20 e 21 de Apocalipse, onde o Livro da Vida aparece figurativamente como a lista daqueles que hão de herdar a salvação, sendo chamado também de livro da vida do Cordeiro (21.27), ou simplesmente livro do Cordeiro (13.8).

Vamos “bibliasofar” a respeito?

É claro que com nossa mente humana não somos capazes de conceber uma imagem de Deus, que é Espírito (Jo 4.24). Mesmo assim, eu gosto da figura do velhinho de barba branca assentado num trono... Quando ouço essa oração, fico imaginando-O pegando um grande livro de folhas bem velhas e escrevendo com uma comprida pena o nome daquele que o recebe...

Fica mais curioso ainda quando se leva em conta a visão (por alguns considerada arminiana) segundo a qual cada vez que o cristão peca, ele se desliga da graça e tem que ir correndo pedir perdão, pois, caso contrário, sua salvação estará perdida... haja paciência para ficar escrevendo e riscando nomes do Livro, não é mesmo? Mas essa é uma questão muito complexa, que não caberia neste post... deixemos para uma próxima oportunidade.

De maneira intencional, o argumento acima beira ao absurdo, tendo em vista o caráter figurativo, metafórico, com que a Bíblia fala desse Livro. Mas de qualquer forma não parece estranho pedir a Deus algo que Ele “já sabe que tem que fazer”?

Da próxima vez que você (arminiano ou não) se sentir tentado a pedir que Deus escreva o nome de alguém no Livro da Vida, lembre-se de Ap 17.8: “os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir”.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Pensamento do dia...

"Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão." (I Tm 6.6-11)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Retrato de nosso tempo...

Quando pegamos nosso jornal no café da manhã, esperamos – até mesmo exigimos – que ele nos traga eventos muito importantes acontecidos desde a noite passada. Ligamos o rádio enquanto nos dirigimos de carro para o trabalho e esperamos “notícias” que ocorreram depois que o jornal matutino foi para a impressão. Quando retornamos, à noite, esperamos que nossa casa não apenas nos proteja, que se mantenha aquecida no inverno e fresca no verão, mas que nos relaxe, que nos dignifique, que nos envolva com música suave e hobbies interessantes, que seja um parque de diversões, um cinema e um bar. Esperamos que as férias de duas semanas sejam românticas, exóticas, baratas e não exijam esforços. Esperamos um ambiente distante quando vamos a um lugar próximo; e esperamos que tudo seja relaxante, limpo e americanizado quando vamos a lugares distantes. Esperamos ter novos heróis em cada temporada, uma obra-prima literária por mês, algo espetacular e dramático por semana, uma sensação rara todas as noites. Esperamos que todos se sintam à vontade para discordar e, no entanto, esperamos que todos sejam leais, que não balancem o barco ou usem a Quinta Emenda. Esperamos que todos acreditem profundamente em sua religião, mas que não façam pouco dos que não acreditam. Esperamos que nosso país seja forte, grandioso, vasto, variado e esteja preparado para qualquer desafio; mas esperamos que nosso “propósito nacional” seja claro e simples, algo que direcione a vida de duzentos milhões de pessoas, mas que possa ser vendido numa edição simples na farmácia da esquina por um dólar.

Esperamos tudo e qualquer coisa. Esperamos o contraditório e o impossível. Esperamos carros compactos que sejam espaçosos; carros luxuosos que sejam econômicos. Esperamos ser ricos e caridosos, poderosos e misericordiosos, ativos e reflexivos, gentis e competitivos. Esperamos ficar inspirados com apelos medíocres a favor da “excelência”, a fim de nos tornarmos alfabetizados por apelos analfabetos a favor da alfabetização. Esperamos comer e permanecer magros, estar constantemente nos mudando e cada vez mais próximos da vizinhança, ir à “igreja de sua escolha” e sentir sua força guiadora sobre nós, reverenciar Deus e ser Deus.

Nunca as pessoas dominaram mais seu ambiente. Mas nunca um povo se sentiu mais enganado e decepcionado.


texto de Daniel Boorstin, ex-bibliotecário do Congresso dos EUA, citado por Philip Yancey em Descobrindo DEUS nos Lugares Mais Inesperados (Ed. Mundo Cristão, 2005).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coisas que serão acrescentadas

from: Blog Como Viveremos

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e ………… vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33

Antes de demonstrar o erro que geralmente é ocasionado em referência ao versículo bíblico em Mateus 6.33, peço a você que complete o pontilhado acima com a palavra ou as palavras que estão ausentes. (sem consultar sua Bíblia, é claro!).

Pronto?!

Pois bem, quando faço esse pedido para meus alunos as respostas mais comuns são: Todas as coisas, todas as demais coisas. Qual foi a sua resposta?

Essa é uma típica passagem bíblica em que as palavras que a compõe não são devidamente observadas. No subconsciente da maioria das pessoas o versículo bíblico seria completado com “Todas as coisas ou todas as demais coisas”, resultado exatamente da quantidade de vezes que ouvimos tal expressão em nosso cultos ou ensinos. Porém, nenhuma dessas expressões apresentadas estão certas, pois, segundo Mt. 6.33 as palavras ausentes são: “todas estas coisas”. Se você acertou, meus parabéns!

Existe muita diferença no sentido do versículo caso os termos sejam alterados?

Sim, e muita diferença. Vejamos:
A partir de Mt. 6.25 Jesus começa a falar acerca dos cuidados e inquietações que afligiam os seus seguidores ( e todos nós cristãos, de uma forma geral). Ele diz:
“Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber, nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” Mt. 6.25
Cristo, portanto, estava fazendo menção às necessidades básicas de todo o ser humano: Comida, bebida e vestimenta.

Na seqüência, o Mestre demonstra aos seus ouvintes como Deus provê todas estas necessidades, dando exemplos da natureza como as aves do céu e os lírios do campo. Ainda, diz para não andarem preocupados ou inquietos, afinal, o Pai celestial bem sabe de todas as necessidades do homem (v.32). Exatamente nesse ponto é que Jesus pede para buscarmos primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas seriam acrescentadas.

Assim sendo, a expressão [estas coisas] está se referindo àquilo que Jesus havia dito inicialmente, ou seja, às necessidades básicas e fundamentais de todo ser humano (comida, bebida e vestimenta). Se utilizarmos os termos “Todas as coisas ou todas as demais coisas” estaremos extrapolando o que a Palavra de Deus diz, dando vazão a expectativas equivocadas. Infelizmente, valendo-se dessa interpretação desvirtuada é que alguns pregadores da prosperidade dizem que se buscarmos o reino de Deus e a sua justiça, todas as demais coisas nos serão dados, dando, inclusive, exemplo de casas, carros e empregos milionários.

Ora, Jesus foi enfático. Ele se ateve às necessidades básicas do homem. Ele não nos prometeu mais do que isso. Agora, se Deus (pode) nos abençoar além dessas necessidades, aí é outra história. Ele é poderoso. Ele é o Criador. Entanto, não está obrigado a nos servir como se fosse o mágico da lâmpada, que segundo o conto, concede desejos a todos quanto a encontrarem.

Para corroborar essa verdade bíblica, lanço mão das palavras de Paulo:
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” Filipenses 4.19

Veja-se bem, Paulo também está falando sobre necessidades.

Na área jurídica, especificamente no Direito Civil, existe uma distinção entre benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias, que pode servir como parâmetro para nossa análise.
Benfeitorias são obras realizadas pelos homem com o propósito de conservar (necessária), melhorar (útil) ou embelezar (voluptuárias) a coisa principal.

Portanto, ações necessárias são aquelas empreendidas com o objetivo de não deixar que a coisa vem a deteriorar ou perecer. Em referência ao homem, Deus nos dá as condições necessárias para a nossa vivência, as quais representam-se pela comida, bebida e vestimenta.
Ações úteis são aquelas que ajudam ou facilitam o uso da coisa. Aplicando-se ao homem, um exemplo de utilidade seria o carro, que facilita sua locomoção e o “auxilia” nos trabalhos cotidianos. E as voluptuárias são ações para dar embelezamento na coisa principal, como exemplo, cite-se um relógio rolex ou uma gravata italiana caríssima.

Carta de um apóstolo a seu bispo

Paulinho, apóstolo pela unção do mover dos últimos dias, líder na prosperidade e na conquista, a Timmy, verdadeiro filho na obediência a tudo o que digo, e que nada tem a dizer em contrário, pois sabe que Deus fere a quem mexe com um ungido do Senhor — fé e obstinação neste ano de Elias e de Gideão, conforme a fé de Abraão, e o poder dos 318 na Fogueira Santa de Israel.

Quando eu estava de viagem, rumo à Disney, roguei que permanecesses ainda em São Paulo para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com sites sobre a Graça, que, antes, promovem discussões do que o serviço de nossa causa.

Ora, o intuito da presente admoestação visa levar todos ao temor e ao medo, ajudando-os a abandonarem suas próprias consciências a fim de seguirem apenas a nossa. Desviando-se algumas pessoas de nossa Visão de prosperidade, quebra de maldiçoes, células e moveres, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres de uma “outra Visão de Deus”, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações, dizendo que estamos contra o que Jesus ensinou.

Sabemos, porém, que a Visão é boa, se alguém dela se utiliza de modo safo, tendo em vista que não se promulga a Visão para quem é lúcido de espírito, mas sim para gente fraca, infeliz, pagã de mente, cheia de tragédias, e, sobretudo, para todos quantos não se opõe à Visão Apostólica (que se sintam culpados o suficiente para fazerem o que mandamos), segundo o mover que recebemos, e do qual fui encarregado pelos Apóstolos do Brasil.

Sou grato para com aquele que me deu a Visão, que me considerou fiel, designando-me para o ministério,da expropriação indébita e da catividade dos homens, pois, se vão dar de dinheiro para alguma coisa, que seja então para nós, em cujas mãos o dinheiro terá bom uso.

A mim, que, noutro tempo, era frio, crente, amante da Palavra, mas pobre e derrotado, me foi dada a Visão. Transbordou, porém, a PROSPERIDADE DE DEUS, e foi me deixando cada vez mais rico, conforme a fé de Abraão e as correntes de prosperidade que fiz.

Fiel é a palavra de DETERMINAÇÃO e digna de toda aceitação: que nós, os da Visão Apostólica, recebemos de Jesus Cristo o poder de falar e vermos as coisas acontecerem conforme o nosso COMANDO. Mas, por esta mesma razão, me foi concedida a fé para prevalecer sobre os outros e ver meu ministério maior e mais poderosos, visto que de nada adianta a eternidade sem muito poder, dinheiro e fama no tempo presente.

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos, por meio de nossa prosperidade e poder sobre os homens. Amém! Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timmy, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, que é arrancar dos ímpios a grana deles, até o fim; isso mantendo a determinação, pois, essa coisa de boa consciência é para crente à antiga, não para nós, que, pela Visão, fomos postos acima dessas coisas básicas; posto que os que não fazem como nós fazemos, estarão sempre sem prosperidade ministerial e na vida pessoal.

E dentre esses se contam Caio, Brega, Marcelo, Chico e outros; os quais entreguei a Satanás para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem contra a Visão. Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de correntes, de campanhas, de dias especiais de prosperidade em favor exclusivamente dos que, indo, sempre deixam dinheiro para a Visão.

Não se esqueça que nossa prioridade é conquistar o Brasil, tendo os governadores, deputados, presidentes e demais autoridades em nossas mãos; sim, todos os que se acham investidos de autoridade; para que vivamos vida rica e abastada, ainda que percamos a piedade e o respeito.

Isto é bom e aceitável diante de mim, que sou o Pai da Visão. Ora, é meu desejo que todos os homens sejam envolvidos em nossos grupos e células, até que todos sejam como eu e conforme o nosso Curso Acerca da Visão e dos Moveres.

Porquanto há uma só Visão e uma só mediadora entre Deus e os homens, a nossa Visão e a freqüência às nossas campanhas e Fogueiras Santas; a qual, a Visão, tem o poder de fazer todos os homens ficarem ricos, e assim, darem mais para nós.

Para isto fui designado Profeta e Apóstolo (afirmo a verdade, não minto), mestre dos crentes inseguros na fé e na verdade (melhor público alvo para nós!). Quero, portanto, que os homens dêem muito, enquanto levantam as mãos nos cultos, ainda que com ira e animosidade.Da mesma sorte, que as mulheres, em traje de peruas, se ataviem com opulência, com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, sem esquecer de darem esmolas para as creches fantasmas que criamos (como é próprio às mulheres que professam ser da Visão).

A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão, pois o que lhe cabe é contribuir; a menos que ela venha a tornar-se uma Bispa da Visão.

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja; pois, por meio dele, pode-se ficar rico e poderoso.

É necessário, portanto, que o bispo seja malandro, safo, aparentando ser esposo de uma só mulher, destemperado, expansivo, capaz de se gabar da Visão, sem muita sensibilidade, apto para enganar; dado ao vinho pra esquentar antes de entrar no palco, violento se necessário, porém com cara de bonzinho; ainda que goste de contendas, seja avarento.

É muito importante, todavia, manter as aparências, por isto, ele deve ser alguém que mostre governar bem a própria casa, criando os filhos na igreja e na Visão, com toda a aparência de coisa boa (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da minha igreja e da minha Visão?); que seja jovem a fim de impressionar, pois há grande poder na soberba de um jovem imaturo e cheio de cobiça conforme o espírito de nossa Visão.

Também é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora como comunicador e homem de marketing, a fim de dar volta até no diabo. Ou seja, Timmy: procuramos camelôs que percebam a vantagem da Visão!Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a porta da Visão da Prosperidade.

Ora, em nossa conferencia da Visão determinamos expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, seguindo a Graça de Deus, a qual, não existe como eles falam, sendo apenas algo liberado por um Apóstolo credenciado por mim, o Pai da Visão.

Eles agem assim pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem as correntes santas, as barganhas, o lucro vindo dos dízimos, coisas que Deus criou para nós, os da Visão; pois todo dinheiro é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, nem que antes se tenha dar uma lavada nele, porque, pelas nossas campanhas e projetos, até o dinheiro do tráfico é santificado.

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro da Visão, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

Mas rejeita as fábulas profanas e de gente que vem com aquela velha história da Graça de Deus. Exercita-te, pessoalmente, no orgulho, nas riquezas, na vida abastada e poderosa; pois, elas sim, têm grande proveito.

Pois o exercício na Palavra, como eles dizem, para pouco é proveitoso, mas as campanhas da Visão para tudo são proveitosas, porque tem a promessa da vida próspera aqui e agora.Fiel é a Visão e digna de inteira aceitação.

A Prosperidade, a riqueza, os poderes humanos sejam contigo aqui e agora! Eu, Paulinho, abençôo-te com a minha unção de nobreza, para que tua cara seja mais forte que o diamante, a fim de que, questionado, tu nunca desistas da Visão de Prosperidade e Riqueza que aprendeste de mim.

texto do Caio Fábio [via PavaBlog]

Genesis

Bem-vindo!
Essa é a primeira postagem desse blog, criado para ser um canal de discussão e aprendizagem nesse maravilhoso mundo virtual.
Os mais variados assuntos comporão nossa pauta, mas pretendemos especialmente conversar sobre teologia e filosofia - por isso temos esse nome :)
Sinta-se à vontade para comentar, criticar, sugerir e o que mais quiser fazer... É um prazer tê-lo aqui conosco!