É muito curioso observar que certos chavões se incluem ao vocabulário "evangeliquês" e a maioria dos cristãos não se questiona sobre a origem ou o significado dessas expressões.
Um caso interessantíssimo é o pedido para que Deus “escreva o nome no Livro da Vida” quando se ora por alguém no momento da conversão.
Esse termo foi tomado emprestado dos capítulos 13, 17, 20 e 21 de Apocalipse, onde o Livro da Vida aparece figurativamente como a lista daqueles que hão de herdar a salvação, sendo chamado também de livro da vida do Cordeiro (21.27), ou simplesmente livro do Cordeiro (13.8).
Vamos “bibliasofar” a respeito?
É claro que com nossa mente humana não somos capazes de conceber uma imagem de Deus, que é Espírito (Jo 4.24). Mesmo assim, eu gosto da figura do velhinho de barba branca assentado num trono... Quando ouço essa oração, fico imaginando-O pegando um grande livro de folhas bem velhas e escrevendo com uma comprida pena o nome daquele que o recebe...
Fica mais curioso ainda quando se leva em conta a visão (por alguns considerada arminiana) segundo a qual cada vez que o cristão peca, ele se desliga da graça e tem que ir correndo pedir perdão, pois, caso contrário, sua salvação estará perdida... haja paciência para ficar escrevendo e riscando nomes do Livro, não é mesmo? Mas essa é uma questão muito complexa, que não caberia neste post... deixemos para uma próxima oportunidade.
De maneira intencional, o argumento acima beira ao absurdo, tendo em vista o caráter figurativo, metafórico, com que a Bíblia fala desse Livro. Mas de qualquer forma não parece estranho pedir a Deus algo que Ele “já sabe que tem que fazer”?
Da próxima vez que você (arminiano ou não) se sentir tentado a pedir que Deus escreva o nome de alguém no Livro da Vida, lembre-se de Ap 17.8: “os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir”.
Soli Deo Gloria
Um caso interessantíssimo é o pedido para que Deus “escreva o nome no Livro da Vida” quando se ora por alguém no momento da conversão.
Esse termo foi tomado emprestado dos capítulos 13, 17, 20 e 21 de Apocalipse, onde o Livro da Vida aparece figurativamente como a lista daqueles que hão de herdar a salvação, sendo chamado também de livro da vida do Cordeiro (21.27), ou simplesmente livro do Cordeiro (13.8).
Vamos “bibliasofar” a respeito?
É claro que com nossa mente humana não somos capazes de conceber uma imagem de Deus, que é Espírito (Jo 4.24). Mesmo assim, eu gosto da figura do velhinho de barba branca assentado num trono... Quando ouço essa oração, fico imaginando-O pegando um grande livro de folhas bem velhas e escrevendo com uma comprida pena o nome daquele que o recebe...
Fica mais curioso ainda quando se leva em conta a visão (por alguns considerada arminiana) segundo a qual cada vez que o cristão peca, ele se desliga da graça e tem que ir correndo pedir perdão, pois, caso contrário, sua salvação estará perdida... haja paciência para ficar escrevendo e riscando nomes do Livro, não é mesmo? Mas essa é uma questão muito complexa, que não caberia neste post... deixemos para uma próxima oportunidade.
De maneira intencional, o argumento acima beira ao absurdo, tendo em vista o caráter figurativo, metafórico, com que a Bíblia fala desse Livro. Mas de qualquer forma não parece estranho pedir a Deus algo que Ele “já sabe que tem que fazer”?
Da próxima vez que você (arminiano ou não) se sentir tentado a pedir que Deus escreva o nome de alguém no Livro da Vida, lembre-se de Ap 17.8: “os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir”.
Soli Deo Gloria
2 comentários:
Kharis kai eirene.
Acredito que a concepção de "arminianos", assim como "calvinistas", precisam de uma revisão. O mesmo ocorre com o termo "fundamentalismo". Minha formação teológica é arminiana e fundamentalista, mas não creio na metade das crenças que afirmam pertencer aos “arminianos” e “fundamentalistas”. Essa afirmação a respeito da suposta “crença arminiana” e o literalismo com o qual os “ditos arminianos” interpretam as Escrituras não traduzem o conceito de mais de 90% de arminianos que conheço.
Um abraço
teologiaegraca.blogspot.com
Prezado Irmão Esdras,
Agradeço sua visita e seu comentário. E parabéns pelo blog Teologia com Graça, que tem abençoado o povo de Deus!
Embora este blog tenha convicções teológicas afins às da Reforma, foi criado como espaço para o debate (do qual creio que sempre haverá mútuo crescimento), e não para divisão ou críticas cegas.
Por isso, e por respeito a você e outros visitantes, modifiquei a postagem ressalvando a "suposta crença arminiana". Com essa atitude de humildade, espero afastar qualquer impressão de preconceito de nossa parte.
Abraços,
bibliasofia.blogspot.com
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